Andando na contra-mão

Se soubéssemos apagar as idéias "pré-embutidas" em nosso íntimo por uma SOCIEDADE pagã, - que aliás, nos retrata perfeitamente, - estaríamos mais próximos de Deus.

Essa tal sociedade nos puxa para baixo e nos traga. Ela nos dita regras e nos convence de sua inconstestável veracidade. Nós a seguimos cegamente, mesmo sem saber para onde estamos indo.
Essa mesma sociedade nos trata de acordo com nosso poder aquisitivo, visibilidade e status. Favorece uns poucos e marginaliza alguns muitos. Quanto a nós, queremos imitá-la fielmente, achando que entendemos alguma coisa sobre justiça.
Enquanto nos ensina palavras bonitas, a tal sociedade mata a esperança dos cansados e nocauteia o ânimo dos oprimidos. Nós também fazemos o mesmo: discursamos fantásticas poesias, para ao mesmo tempo agirmos impiedosamente, com a mesmíssima violência.

Não é preciso muita instrução para perceber que as referências dessa sociedade estão mortas. Parecem lindas e desejáveis, mas apodrecem no porão da mente, e fazem adoecer o espírito sadio. São referências dúbias e perigosas, e estão pautadas em intolerância, egoísmo, indiferença, comodidade, satisfação e tudo aquilo que nossa natureza humana busca incessamente: PECAR. Por mais que tentemos esconder essa realidade feia que habita dentro de nós, ela continua viva e atuante. Crimes hediondos aqui e ali, incertezas, medos, crises em enxurrada e... inocentes e vítimas por toda parte.

Para entender a sociedade tal como ela é, basta olharmos para dentro de nós. Todos somos um retrato do que acontece todos os dias no mundo, e seria muita arrogância dizer o contrário. Quem é tão irrepreensível para jamais ter errado?
Nosso coração é desesperadamente corrupto e cheio de pecado. O pecado é, sem dúvida, nossa referência absoluta. Colocamos a nossa justiça em primeiro lugar. Decidimos pelo que nos traz benefício, sem pensar se o jogo é justo para todo mundo. Deixamos a ética de lado para não ficarmos de fora. Julgamos, a torto e a direito. Declaramos que a nossa verdade, e apenas a nossa, é absoluta e perfeita. Machucamos o próximo por bobeira. Fazemos o que é preciso para sermos aceitos, admirados, idolatrados. Sem perceber, abafamos o restinho de semelhança que ainda temos com Deus.

Por isso digo que, se soubéssemos apagar as idéias embutidas em nosso íntimo por um PECADO altamente tóxico, estaríamos mais próximos de Deus.

Livrar-nos do pecado é impossível por um simples motivo: nossa natureza é humana e as tentações do mundo são incontáveis. Estamos presos a um corpo que está sujeito a errar, e errar sempre. Entretanto, se temos consciência de que nossas ações estão enraízadas em uma natureza impura, egoísta e desprezível, podemos tentar substituí-las por algo novo. Podemos tomar por referência algo que seja puro e completamente livre do pecado.

A Bíblia, livro com inúmeras palavras sábias e histórias incríveis, aponta que só existe uma pessoa que nunca pecou: JESUS, totalmente "sin-free", único capaz de ser referência para nossos princípios. Segundo a Palavra de Deus, Jesus é irrepreensível, e jamais errou. Ele nunca pecou porque era o próprio Deus encarnado, a perfeição em forma humana. Por isso tantas pessoas o seguiram, e tantas outras tiveram a vida completamente mudada após o encontro com o Messias. O centurião, a mulher com o fluxo de sangue, a samaritana, os leprosos, o cego que mendigava à beira do caminho, todos eles mudaram o rumo de suas vidas após o encontro com o Mestre.

Isso continua acontecendo. Quando encontramos Jesus hoje, entendemos que somos pecadores e que carecemos da glória de Deus. Entendemos que estamos perdidamente condenados por nossa natureza e que, por nós mesmos, nunca vamos nos livrar dessa maldade e egoísmo inerentes a nós mesmos, apesar dos esforços e vontades mal-sucedidas de fazermos o bem. Portanto, se não mudarmos nossas referências, vamos permanecer com o espírito doente, e o mundo vai continuar sendo vazio e sem sentido.

Encontrar Jesus significa dar um novo sentido pra vida, vivendo mais próximos de Deus.
Jesus nos levanta e nos leva pelo caminho certo. Ainda assim, estamos tão acostumados com o caminho errado e com os atalhos sombrios da vida, que somos relutantes em nos deixar guiar por Ele.
Jesus também olha para o nosso coração, e não para o nosso bolso ou índice de popularidade. Ele quer o bem de todos, sem distinção. Quanto a nós, como temos o hábito de nos considerarmos superiores, temos dificuldade em entender essa lógica divina e estranha.
Além disso, Ele não só nos conforta com palavras bonitas, mas também dá alívio ao cansado e ânimo aos oprimidos. Ele dá a paz que excede todo entendimento e a alegria.
Desta forma, fica fácil de constatar que Cristo anda na contra-mão da sociedade.

Devo dizer ainda que as referências de Deus não são apenas lindas e desejáveis, mas também são santas e perfeitas. São fontes de águas límpidas que dão vida, e vida plena ao espírito. São referências que deixam de circundar o nosso próprio umbigo. Encontrar-se com Jesus é render-se a quem é maior e mais poderoso, Senhor totalmente apto para cuidar de nós. Passamos a entender que somos pequeninos, e totalmente dependentes de Deus.
O encontro com Jesus nos transforma. Deixamos de levantar a bandeira da nossa própria justiça, para deixar a justiça de Deus reinar. Buscamos ser éticos, por mais que fiquemos de fora. Evitamos julgar, para não sermos julgados. Declaramos que a nossa verdade é absolutamente falha, e que a única verdade das nossas vidas é Jesus.
Essa mudança de hábitos tem consequências extraordinárias em nossas vidas. Deixamos aquela vontade de sermos aceitos e admirados. Quando entendemos que Deus nos aceita do jeitinho que somos - feios, estabanados, rudes, pobres ou miseráveis -, passamos também a nos aceitar.

Por isso, espero que as idéias e vícios destestáveis dessa sociedade doente fiquem muito longe de mim!
Prefiro estar pertinho de Deus, com a mente e com o coração, porque sei que só assim terei felicidade e paz proporcionais às grandiosas e magníficas promessas de Jesus!

E você? Quer também andar na contra-mão?